Fuga em Mossoró: Justiça manda soltar investigados por ajudar CV
Eles não foram denunciados pelos crimes e foram colocados em liberdade. Investigações seguem
atualizado
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O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), revogou a prisão de dois investigados por suspeita de darem apoio aos fugitivos da fuga histórica da penitenciária de segurança máxima de Mossoró (RN), ocorrida em fevereiro de 2024.
Eles haviam sido presos em março deste ano, durante a operação Red Dots, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mossoró (Ficco) com o objetivo de desmantelar a rede de apoio utilizada por integrantes do Comando Vermelho (CV) para auxiliar na fuga dos dois detentos que escaparam.
Flávia Sabino Bezerra de Moura teve a prisão revogada nesta quinta-feira (5/6) após justiça declarar que houve a perda do objeto das medidas cautelares deferidas em relação a ela, uma vez que não foi denunciada no inquérito da Red Dots. Emerson Brilhante Gomes também foi colocado em liberdade, anteriormente, devido ao término do prazo da prisão temporária.
Além de serem liberados da prisão, eles não foram denunciados na ação penal.
À coluna, o advogado Taian Lima Silva, que atua na defesa dos dois investigados, declarou, por meio de nota, que é responsável, também, por defender Manoel Sebastião Bisneto, que segue preso.
“Iremos pleitear o desbloqueio de contas bancárias e restituição de um veículo de luxo apreendido”, informou.
Manoel Sebastião foi denunciado e é investigado como sendo faccionado do Comando Vermelho (CV). “Na nossa ótica, não há sequer um único indício de que ele seja membro de facção e iremos demonstrar durante o processo sua inocência”, prometeu.
Fuga histórica
Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça (foto em destaque) escaparam do presídio em 14 de fevereiro de 2024.
Eles cumpriam pena no Complexo Penitenciário de Rio Branco, no Acre, até setembro de 2023, quando foram transferidos ao presídio federal de Mossoró.
Os custodiados só foram recapturados 50 dias após a fuga. Eles foram encontrados em Marabá, no Pará.
A busca foi árdua. O esquema de segurança contou com a participação de equipamentos tecnológicos sofisticados, mais de 600 homens, incluindo a Força Nacional e equipes de elite da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.
Operação
Em março deste ano, mais de 200 policiais cumpriram 14 mandados de prisão preventiva; 13 mandados de prisão temporária; 31 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Unidade Judiciária de Delitos de Organização Criminosa do Rio Grande do Norte, no Rio Grande do Norte, Ceará e Rio de Janeiro.
A Polícia Federal ainda bloqueou 32 contas bancárias para viabilizar o congelamento de até R$ 22,5 milhões de patrimônio dos investigados.