Saiba quais alimentos ajudam a combater a H. pylori, segundo expert
Com ação anti-inflamatória e antibacteriana, dieta pode inibir o avanço da H. pylori e aliviar sintomas gástricos, segundo nutricionista
atualizado
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Presente em grande parte dos casos de gastrite e úlcera, a bactéria Helicobacter pylori (H. pylori) pode ser controlada com a ajuda da alimentação. Segundo o nutricionista Fernando Castro, alguns alimentos possuem compostos naturais capazes de inibir o crescimento da bactéria, reduzir inflamações e ajudar na regeneração da mucosa gástrica.
“Esses alimentos não substituem o tratamento convencional, que envolve antibióticos e medicamentos para controle da acidez, mas são aliados importantes no processo de recuperação e prevenção”, afirma Castro. Entre os principais grupos com efeito benéfico, estão os vegetais crucíferos, especiarias e probióticos.
Brócolis, couve-flor e repolho, por exemplo, são ricos em sulforafano — um composto com ação antibacteriana comprovada contra a H. pylori. Já a cúrcuma (ou açafrão-da-terra) tem propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas, que contribuem para o controle da infecção.

O alho cru é outro destaque. Consumido especialmente em jejum, ele libera alicina, substância com efeito bactericida direto. “O chá verde também pode ser incluído na rotina. Seus polifenóis ajudam a conter o crescimento da bactéria e a reduzir inflamações no estômago”, explica o nutricionista.
Gengibre, própolis e frutas vermelhas, como morango, mirtilo e amora, também merecem atenção: possuem ação antioxidante, gastroprotetora e anti-inflamatória. Além disso, alimentos com culturas vivas — como kefir, kombucha e iogurte natural — restauram a microbiota intestinal e dificultam a adesão da bactéria à mucosa gástrica.

Outro aliado citado por Fernando Castro é o mel de manuka, conhecido por sua ação bactericida específica contra a H. pylori. “O uso deve ser avaliado caso a caso, principalmente em pacientes com sintomas ativos de gastrite, já que a tolerância a certos alimentos pode variar bastante”, alerta.
A recomendação do especialista é que o acompanhamento nutricional seja feito junto ao tratamento médico, respeitando as particularidades de cada organismo. “Uma abordagem integrada costuma ter melhores resultados e pode prevenir recidivas futuras”, conclui.