4 principais medidas para conter o avanço da obesidade no Brasil
De acordo com um levantamento, mais de 65% da população adulta no Brasil poderá apresentar sobrepeso ou obesidade nos próximos anos
atualizado
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Um levantamento recente do Atlas Mundial da Obesidade trouxe um alerta preocupante: até 2030, estima-se que 119 milhões de adultos brasileiros estarão com o Índice de Massa Corporal (IMC) acima do ideal. Isso significa que mais de 65% da população adulta poderá apresentar sobrepeso ou obesidade nos próximos anos.
A obesidade é uma condição crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, diagnosticada quando o IMC ultraa 30 kg/m². Além do impacto na qualidade de vida, a doença está diretamente associada a problemas metabólicos como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares. No Brasil, mais de 60 mil mortes anuais são atribuídas a complicações decorrentes da obesidade.
O tratamento desse problema envolve múltiplos fatores, incluindo mudanças na alimentação, aumento da prática de atividades físicas e, em alguns casos, o uso de medicamentos ou cirurgias. No entanto, especialistas reforçam que a solução precisa ir além das abordagens individuais e incluir políticas públicas eficazes para conter a epidemia de obesidade.
O que fazer a respeito?
Dentre as medidas recomendadas pelos pesquisadores do estudo, destacam-se:
- Aumento de impostos sobre bebidas e alimentos ultraprocessados;
- Subsídios para alimentos naturais e mais íveis à população;
- Restrições à publicidade infantil de produtos considerados não saudáveis;
- Maior incentivo ao esporte e à prática de atividades físicas.
Apesar de diretrizes semelhantes já estarem sendo debatidas e aplicadas por instituições de saúde ao redor do mundo, o principal desafio segue sendo a implementação prática dessas políticas.
Vale lembrar que a obesidade não é preguiça, não é “falta de vergonha na cara”, e nem apenas um problema individual, mas uma questão muito mais complexa, um problema de saúde pública — que exige ações urgentes e estruturadas.