Ter sono irregular aumenta em 53% o risco de demência, diz estudo
Pesquisa publicada na revista Neurology mostrou que dormir mal pode aumentar o risco de desenvolver demência durante a velhice
atualizado
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Dormir mal não traz consequências apenas para o humor no dia seguinte. Um estudo feito por neurocientistas australianos mostrou que o sono irregular quando vira um hábito de longo prazo aumenta os riscos de demência na terceira idade em 53%.
Publicado na revista Neurology, na quarta-feira (13/12), a investigação foi feita com base em dados de saúde de 88 mil pessoas com idade média de 62 anos. As informações dos voluntários foram observados desde 2016 na tentativa de estabelecer relações entre padrões de sono e problemas de cognição.
Os voluntários usaram pulseiras inteligentes para medir o momento em que cada um deles dormia e quando acordava, o que permitiu mapear a regularidade do sono.
Sono em pontos
Na escala criada pelos pesquisadores, uma pessoa que dormia e acordava exatamente nos mesmos horários todos os dias tinha um índice de regularidade do sono de 100 pontos. As pessoas que dormiam sem seguir quaisquer horários tinham uma pontuação média de 41, enquanto os mais regulares marcavam 71 pontos.
Dos voluntários, 480 desenvolveram demência e mais da metade deles tinham sono irregular.
O outro lado da moeda, porém, não é uma boa notícia. A mesma pesquisa revelou que dormir em horários regulares todos os dias não tem poder de preservar o cérebro mais do que o que ocorre com quem tem hábitos intermediários.
“Com base nas nossas descobertas, acreditamos que as pessoas com sono irregular podem apenas precisar melhorar para níveis médios, não sendo necessário chegar a níveis muito elevados de regularidade para prevenir a demência”, disse o neurologista Matthew Paul Pase, autor principal do estudo, em comunicado à imprensa.
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