Gritzbach: “Decisão dele, não do PCC”, diz delegada sobre mandante
Segundo delegada Ivalda Aleixo, do DHPP, Emílio Carlos, o Cigarreiro, determinou assassinato de Gritzbach “de forma unilateral”
atualizado
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São Paulo — Segundo a força-tarefa que investiga o assassinato de Vinicius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), o comando para matar o corretor de imóveis, no Aeroporto Internacional de São Paulo, partiu individualmente de Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como Bill ou João Cigarreiro, sem participação da facção criminosa.
“Cigarreiro determinou de forma unilateral [o crime]. Decisão dele, não do PCC. Não foi nada orquestrado. Com ajuda do Didi [Diego dos Santos Amaral]”, afirmou a delegada Ivalda Aleixo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em entrevista nessa quinta (13/2).
Segundo a delegada, a motivação de Cigarreiro é o “inconformismo por ele [Gritzbach] continuar solto ou vivo” pela morte de Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, ocorrida em 2021, e o receio de ser citado nas delações ao Ministério Público de São Paulo (MPSP).
Entenda
- Nessa quinta (13/2), o DHPP deflagrou uma operação para cumprir novos mandados judiciais contra envolvidos no assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach.
- Segundo o secretário-executivo da Secretaria da Segurança Pública (SSP), Osvaldo Nico Gonçalves, os mandantes da execução de Gritzbach foram Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como Bill ou João Cigarreiro, e Diego dos Santos Amaral, o Didi.
- Os dois estão foragidos. Além deles, também está sendo procurado Kauê do Amaral Coelho, apontado como olheiro no dia da morte do delator do PCC.
- Segundo a Polícia Civil, Kauê e Cigarreiro estão escondidos na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, Rio de Janeiro. Já Didi está na Bolívia, de acordo com a investigação.