Ex-deputada e advogado são denunciados por rachadinha na Alesp
Clélia Gomes foi deputada estadual entre 2015 e 2018 em SP. MPSP denunciou ela e o advogado Laércio Benko por desviar valores de servidores
atualizado
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São Paulo – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou por rachadinha a ex-deputada estadual por São Paulo Clélia Gomes, que atuou na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) entre 2015 e 2018 pelo Partido Humanista da Solidariedade (PHS), atualmente incorporado ao Podemos.
Além dela, o promotor de Justiça Cleber Masson denunciou o advogado Laércio Lopes Benko. Ele foi vereador em São Paulo pelo PHS entre 2013 e 2016, quando tomou posse como secretário de Turismo do estado, no governo de Geraldo Alckmin (PSDB).
A denúncia é dessa quarta-feira (19/3). De acordo com o MPSP, os dois perpetraram o esquema criminoso. Os acusados podem responder por peculato e por omitir da Justiça Eleitoral informações sobre o recebimento de doação.
Durante o mandato de Clélia, ela e Laércio são acusados de terem desviado valores de três assessores comissionados do gabinete da então parlamentar e de dois servidores efetivos. Esses últimos recebiam dos cofres públicos, mas trabalhavam em atividades particulares no escritório de advocacia pertencente ao acusado.
Além disso, enquanto líder do PHS, Laércio reou recursos para a campanha da mulher, mas a doação não foi oficialmente contabilizada na respectiva prestação de contas.
Segundo o que foi apurado, os desvios destinavam-se ao custeio de despesas de Clélia, como o pagamento de aluguel de imóvel e débitos relacionados ao seu escritório político. Ainda de acordo com as investigações, uma das assessoras, por exemplo, reava à ex-deputada R$ 11 mil dos R$ 16 mil que recebia mensalmente.
Após o afastamento do sigilo bancário de Clélia foi possível constatar, entre outras irregularidades, que ela recebia rees feitos por empresas registradas em nome dos servidores.
O Metrópoles contatou a ex-deputada estadual via redes sociais e também o escritório de advocacia de Laércio e aguarda retorno. O Podemos também foi procurado, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.
