Por que a estatueta do Oscar, na prática, vale apenas US$ 1
Esse é considerado o “valor de mercado” do troféu, embora o custo de produção da peça possa chegar a cerca de US$ 900
atualizado
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Um dos troféus mais cobiçados do cinema internacional, a estatueta do Oscar é feita em bronze e banhada em ouro 24 quilates. A produção de cada uma delas pode chegar a algo entre US$ 500 (mais de R$ 2,9 mil) e US$ 900 (cerca de R$ 5,3 mil), dependendo da cotação do ouro. Mas esse valor, porém, está muito além do preço real da premiação.
Isso porque, na prática, há um artigo no regulamento do Oscar segundo o qual tanto os vencedores como seus herdeiros são proibidos de vender as estatuetas, que pesam cerca de 3,8 quilos e medem perto de 35 centímetros. Isso sem antes oferecê-las à Academia por um valor simbólico de US$ 1 (R$ 5,91, na cotação de sexta-feira, 28/2).
Essa regra, contudo, vale desde 1950. Antes disso, estima-se que cerca de 150 estatuetas foram leiloadas. O troféu mais caro foi o de “O Vento Levou”, entregue em 1940. Quem arrematou esse Oscar (nas casas de leilão, claro) foi Michael Jackson, por US$ 1,54 milhão, em 1999.
Modo e produção
Em 2015, a Academia retomou o processo original de moldes de cera e bronze fundido do troféu. Ele ou a ser feito na fundição de belas artes UAP Polich Tallix, de Nova York, em substituição à empresa RS Owens & Company, de Chicago.
Desde então, ou a ser usado um modelo de 1928 digitalizado. O Oscar original foi moldado pelo escultor George Stanley, a partir de um esboço de Cedric Gibbons, diretor de arte e designer, que ganhou 15 estatuetas. O tempo de produção de 50 troféus é estimado em cerca de três meses.