Guerra na Ucrânia: China nega plano de fornecer armas à Rússia
Nesta segunda-feira (20/2), representante da China rebateu acusação do Secretário de Estados dos EUA de planejar apoiar ataque à Ucrânia
atualizado
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Nesta segunda-feira (20/2), a China negou considerar enviar armas e munições para abastecer a Rússia na invasão à Ucrânia. O comunicado oficial rebate a fala do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, que alertou para a possibilidade.
“São os Estados Unidos, e não a China, que estão despejando armas no campo de batalha. Os EUA não estão em posição de dizer à China o que fazer”, afirmou Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
Em coletiva a jornalistas, o representante ainda afirmou que o país não aceitará “acusações, coerção e pressão” por parte dos Estados Unidos em sua relação com a Rússia.
Wang Wenbin garantiu que a posição da China se limita a apoiar as negociações de paz e demandou que os Estados Unidos atue de forma a promover negociações de paz e “parar de desviar a culpa e espalhar a desinformação”.
Perto da data em que a invasão da Rússia à Ucrânia completa um ano, na próxima sexta-feira (24/2), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores anunciou que a China prepara um documento em que reforçará a necessidade de busca de uma solução política para a crise na Ucrânia.
“O documento enfatizará novamente que uma guerra nuclear nunca deve ser travada e nunca pode ser vencida. Também pedimos esforços para garantir a segurança das instalações nucleares civis e nos posicionarmos contra ataques a usinas nucleares e nos opormos conjuntamente ao uso de armas bioquímicas.”, afirma.
Visita surpresa
Nesta segunda-feira (20/2), Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, fez uma visita surpresa à Ucrânia. A viagem, não anunciada, faz parte do apoio norte-americano ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na guerra contra a Rússia.
Uma viagem para a Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia, estava programada por Biden. De acordo com o site da revista Rolling Stone, a Casa Branca havia alegado que o presidente não cruzaria a fronteira.