Crítica: Beckett, da Netflix, mistura ação e thriller político
O novo filme da Netflix se destaca pela atuação de John David Washington
atualizado
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No ritmo de lançamentos frenéticos da Netflix, é difícil acompanhar todos os filmes que chegam – semanalmente – ao serviço de streaming. Entre longas de puro apelo de audiência e franquias adolescentes, surge, meio sem grandes anúncios, produções como Beckett. O longa, que tem como principal destaque o protagonista John David Washington, tem boas ideias que, em grande parte, são mal executadas, diminuindo o potencial da trama.
De férias na Grécia, Beckett (John David Washington) e sua namorada, April (Alicia Vikander), sofrem um acidente de carro. A moça não sobrevive. Porém, o homem vira alvo de um grupo e precisa fugir para sobreviver. O cerco tem implicações políticas e esconde uma rede de conspirações.
Em sua fuga, Beckett cruza com ativistas políticas que o ajudam em sua meta desesperada de chegar à Embaixada dos Estados Unidos na Grécia. John David Washington, atualmente um dos atores mais cobiçados de Hollywood, mais uma vez, entrega uma atuação convincente. Ele consegue segurar boa parte das cenas, porém, não é ajudado pela direção de Ferdinando Cito Filomarino.
O grande problema de Beckett é a incapacidade de não conseguir colocar um senso de urgência em um filme de ação pautado na fuga. Essa situação fica evidente nas perseguições, em sua maioria feitas a pé: cenas longas com uma dificuldade imensa de chegar a um clímax. Sem maiores spoilers, o momento que se desenvolve no metrô de Atenas tem um final completamente blasé.
April em Beckett
Porém, a trama consegue compensar esse certo anticlímax do filme. A mistura de thriller político com ação gera uma narrativa envolvente, que consegue prender o espectador ao longo das quase duas horas de filmes.
Mesmo que não seja um grande produto da Netflix, Beckett é um bom atempo e um dos mais interessantes lançamentos da leva de “um filme por semana”.
