Gangues de pichadores da República atacaram Catedral, TJDFT e Ponte JK
Autores de pichações espalhadas pelo Distrito Federal pertencem a duas gangues distintas que gostam de sujar monumentos e prédios públicos
atualizado
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A fama é alcançada por quem ostenta o “nome” no ponto mais alto do prédio ou em muros e fachadas de sedes dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo da capital da República. O risco eleva o conceito mas emporcalha a cidade, sujando monumentos no centro do poder.
Autores de pichações espalhadas pelo Distrito Federal, que pertencem a duas gangues distintas, são alvo de operação deflagrada pela Polícia Civil (PCDF) nas primeiras horas desta segunda-feira (2/6). Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão contra os líderes dos grupos criminosos.
Investigações conduzidas ao longo de seis meses pela 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro) identificaram 10 criminosos que integram os grupos Legião Unidade pela Arte (LUA) e Grafiteiros Sem Lei (GSL). O primeiro deles já foi formado por centenas de pichadores, desde 1999.
O bando segue vivo, sujando desde muros de residências até monumentos importantes, como a Ponte JK e áreas que pertencem ao Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), a Catedral de Brasília e o Senado Federal.
Durante as apurações, os investigadores mapearam que uma das gangues pichou a estrutura que cerca uma obra do TJDFT, em 25 de janeiro deste ano. Diversas pichações foram feitas nos tapumes metálicos do tribunal.
Os mesmos pichadores deixaram seus “nomes” nos pilares de sustentação da Ponte JK, além de estruturas próximo à Catedral de Brasília e em viadutos e túneis inaugurados há pouco tempo pelo governo do DF.
Veja imagens:
Desfio STF
Os pichadores costumam gravar vídeos e publicar em perfis nas redes sociais. As imagens que viralizam são aquelas em que os criminosos mais correm risco de serem vistos e abordados pelas autoridades.
Estruturas no Plano Piloto e da Esplanada dos Ministérios são os pontos preferidos para demonstrar “coragem” e total desrespeito com monumentos e estruturas tombadas como patrimônio público e cultural.
Entre os comentários das publicações, vários pichadores lançaram o desafio “mais temido”: pichar as colunas em mármore do Supremo Tribunal Federal (STF).
Outros comentavam que locais de alto risco já haviam sido vencidos, como estruturas nas proximidades do Senado Federal, a Catedral de Brasília e a extensão da Ponte JK, que é totalmente monitorada por câmeras de segurança.