Com 57 anos, Marcola enfrenta diferentes problemas de saúde na prisão
A visita do chefe do PCC ao Hospital de Base, na quinta (5/6), não foi a primeira. O presidiário deixou a Penitenciária Federal outras vezes
atualizado
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Uso de ansiolíticos controlados, gastrite e problemas no ligamento do joelho. Preso desde julho de 1999, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, atualmente interno na Penitenciária Federal de Brasília, já precisou deixar a unidade prisional em algumas ocasiões para tratar problemas de saúde.
A mais recente saída da penitenciária ocorreu na última quinta-feira (5/6). Conforme a coluna revelou em primeira mão, o chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC) teve de ser levado ao Hospital de Base de Brasília para ser submetido a exames.
Na capital federal desde março de 2019, essa não foi a primeira vez que uma visita do traficante ao hospital culminou na mobilização das forças de segurança e na formação de um potente esquema policial.
Relembre
Em janeiro de 2020, 10 meses após chegar à Penitenciária Federal de Brasília, Marcola saiu da penitenciária de segurança máxima acompanhado de forte escolta policial. Ele foi levado à rede pública de saúde em um helicóptero.
Naquele dia, a Penitenciária Federal de Brasília informou, em nota, que o chefe do PCC foi levado para fazer exames de rotina e que o horário de deslocamento na data, em período de férias escolares, e o deslocamento aéreo foram escolhidos para causar o menor constrangimento possível à população.
À época, Marcola havia emagrecido 20 kg desde que foi transferido para Brasília.
Pouco tempo depois, rumores de que o custodiado enfrentava um quadro de depressão começaram a se espalhar.
O traficante teria ado a tomar remédios controlados para tratar de depressão. Os medicamentos, como clonazepam, identificados por tarja preta, eram adquiridos pela família do detento.
Anos depois, em janeiro de 2023, Marcola foi levado ao Hospital Regional do Gama (HGR) para realizar exames de rotina.
Os médicos fizeram uma endoscopia e analisaram o esôfago, o estômago e o duodeno – que formam, junto do jejuno e o íleo, o intestino delgado – de Marcola.
O resultado mostrou que o chefe número um do PCC apresentava normalidade em suas funções renais. Contudo, ficou constatado que o homem enfrentava um quadro de gastrite enantematosa de leve intensidade, com algumas erosões elevadas.
O laudo apresentado revelou que se tratava de uma bactéria que consegue colonizar o intestino e pode causar irritação e inflamação no local.
Ainda, a gastrite enantematosa pode ser causada pelo uso prolongado ou incorreto de determinados medicamentos, como corticoides e anti-inflamatórios.
Na última visita ao hospital, ocorrida na quinta (5/6), o traficante foi levado ao Hospital de Base para fazer exames de ressonância magnética no joelho.
Segundo o advogado dele, o procedimento havia sido previamente solicitado pelo médico ortopedista com o objetivo de avaliar quadro clínico que demanda acompanhamento especializado.
Nesse domingo (8/6), o filho de Marcola, Lucas Camacho, 16 anos, falou em suas redes sociais sobre a ida do pai à unidade de saúde.
“Ele estava jogando bola, machucou o joelho, ficou dois meses com o joelho machucado e o levaram ao médico agora. Ele já está melhorando, precisa ficar em repouso e já está tomando os remédios”, contou o adolescente.