Jacobino: conheça o pombo que esbanja estilo com um “casaco” natural
Aprimorado pelos humanos, o charme biológico do jacobino agrega um toque “fashion” e lembra os visuais imponentes dos filmes noir
atualizado
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A natureza tem seu charme. Às vezes, ele vem com uma certa elegância e um ar imponente, como o visual de um vilão de filme noir. É o caso do jacobino, uma variação de pombo (Columba livia) que cujas penas em volta da cabeça criam uma coleira com formato semelhante a uma gola de casaco estruturada, felpuda e, claro, chique!
Vem saber mais detalhes sobre o animal que, assim como os gatos “frajola”, são charmosos por natureza – apesar do “empurrão” humano no processo evolutivo!

Características
Uma das variações favoritas dos criadores profissionais de pombos, o jacobino tem origem na Índia e começou a ser distribuído em meados do século 18, na Europa. Esses columbiformes, de temperamento calmo, têm estatura mediana e podem chegar a cerca de 36 centímetros de comprimento.
O naturalista britânico Charles Darwin, autor da obra A Evolução das Espécies, estudava pombos e era um entusiasta dos jacobinos, maiores que os tipos comuns, encontrados em ambientes urbanos. A partir do cruzamento seletivo, o animal ou por aprimoramentos desde que começou a ser domesticado, especialmente para exibição.

Quase um casaco
Devido ao capuz que se assemelha a uma máxi gola de um casaco de pele, os jacobinos voam muito pouco e se locomovem, na maior parte do tempo, caminhando. A coleira é resultado da mutação com o gene EphB2. O nome, por sua vez, remete aos monges jacobinos. A expectativa de vida do bicho fica entre 10 e 15 anos.
Moda x natureza
A moda e a natureza, na verdade, vivem algo como uma simbiose. Nos dias atuais, exemplos disso são as famosas estampas animais, de onça, tigre e zebra, mas essa relação remonta a muito antes. Mais precisamente ao período pré-histórico, quando usar peles animais – hábito considerado antiético atualmente – era uma questão de sobrevivência diante do frio.
Naquela época, vale ressaltar, a pele era retirada de animais que, possivelmente, também eram consumidos como alimento. Com a evolução da própria espécie humana, mas também da tecnologia têxtil, esse hábito deixou de ser necessário, já que, nos dias atuais, existem diferentes formas de esquentar o corpo em temperaturas baixas.