Líder do PL calcula até 18 traições da bancada na eleição da Câmara
Novo líder do PL, Sóstenes Cavalcante calcula entre 15 e 18 traições por parte da bancada da sigla na eleição para o comando da Câmara
atualizado
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Novo líder do PL na Câmara, o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ) calcula de 15 a 18 “traições” por parte da bancada do seu partido na disputa que elegeu Hugo Motta (Republicanos-PB) como presidente da Casa, no sábado (1º/2).
Pelo acordo firmado por caciques do PL, os deputados da legenda deveriam votar em Motta. No entanto, alguns parlamentares da sigla optaram por votar no candidato do Novo, Marcel Van Hattem (RS), que recebeu 31 votos ao todo.
“Acho que (tivemos) entre 15 e 18 (traições). Tem muita gente que é guiada pelas redes”, afirmou Sóstenes à coluna.
Um dos deputados do PL que cogitou “trair” foi Carlos Jordy (RJ). Ele chegou a mandar uma mensagem no grupo de WhatsApp da bancada avisando que votaria em Van Hattem. À coluna, porém, disse ter recuado após conversar com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Após conversar com Altineu (deputado) e Bolsonaro, decidi votar no Hugo. Depois coloquei lá (no grupo de WhatsApp) que tinha refletido e mudado”, disse o deputado fluminense à coluna.
Apesar das traições, o novo líder do PL na Câmara disse ter se “tranquilizado” após notar que também teria havido traições no PT de Lula. “O Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ) teve do PT uns 14 votos”, avaliou Sóstenes.
Como o Metrópoles noticiou, o novo presidente da Câmara foi eleito no sábado com 444 votos, recebendo amplo apoio tanto no PL quanto no PT. Ele era o candidato apoiado pelo agora ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL). A votação foi secreta.