Justiça condena 9 pessoas por furto de metralhadoras do Exército em SP

A Justiça Militar em São Paulo condenou quatro militares e cinco civis pelo furto e comercialização de armamento de grosso calibre, entre eles metralhadoras .50, do Arsenal de Guerra do Exército em São Paulo.

O crime ocorreu em 7 de setembro de 2023 quando não havia expediente na Força. De acordo com a investigação, dois cabos desativaram o alarme e arrombaram os cadeados e o lacre do depósito onde estavam as armas.

Após o furto, o armamento foi entregue a civis que venderam para integrantes de organizações criminosas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Foram furtadas 13 metralhadoras .50 M2 HB Browning, 8 metralhadoras 7,62 M971 MAG e 1 fuzil 7,62 M964.

Dois ex-cabos do Exército, apontados como os principais envolvidos, foram condenados a 17 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado.

Já o então chefe da seção de Inteligência foi condenado a 9 meses de detenção.

Um quarto militar, com posto de tenente-coronel, que comandava o Arsenal de Guerra foi condenado a 6 meses de suspensão do exercício do posto. Ele teria sido negligente ao descumprir normas que facilitaram o furto.

Dos civis, um foi condenado a 14 anos de reclusão e o outros a 18 anos de prisão. Eles foram responsabilizados pelo crime de comércio ilegal de arma de fogo, previsto no art. 17, §1º, da Lei nº 10.826/2003, e também penalizados com multa.

Ao longo da investigação, 20 das 22 armas foram recuperadas. Parte delas, 8 metralhadoras, foram recuperadas em outubro de 2023 pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (foto em destaque). Outras duas armas foram localizadas em novembro do mesmo ano também na capital fluminense.

Outras 9 armas, entre elas 5 metralhadoras .50, foram recuperadas por policiais civis de Carapicuiba, em São Paulo.

Seguem desaparecidas duas metralhadoras .50 HB Browning, de números de série 1573707 e 430200.