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Oceano escureceu em 21% em 19 anos. Entenda o que isso significa

Pesquisadores ingleses alertam que o escurecimento do oceano afeta as zonas fóticas, regiões que abrigam 90% da vida marinha

atualizado

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Imagem colorida de águas escuras no oceano - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de águas escuras no oceano - Metrópoles - Foto: Chris Meredith via Getty Images

Um estudo feito por cientistas da Universidade de Plymouth, na Inglaterra, revelou que 21% dos oceanos escureceram entre 2003 e 2022, representando uma área de mais de 75 milhões de quilômetros quadrados, cerca de quatro vezes o tamanho da América do Sul. O escurecimento aconteceu tanto em águas costeiras quanto nas profundas em mar aberto. A pesquisa foi publicada no periódico Global Change Biology na última terça-feira (27/5).

De acordo com a equipe de pesquisa, a mudança na entrada de luz afeta a zona fótica, uma camada superficial dos oceanos onde há absorção de luz solar e lunar. Por lá, acontece a fotossíntese, processo essencial para os fitoplânctons, que servem de alimento para grande parte do ecossistema marinho. A região abriga 90% da vida marinha e é importante para a sobrevivência e reprodução de diversas espécies.

Os dados da pesquisa revelam que em 9% do oceano, a profundidade da zona fótica foi reduzida em mais de 50 metros. A porcentagem representa uma área maior que 32 milhões de quilômetros quadrados. Já em 2,6%, a perda foi ainda maior, com mais de 100 metros de redução da camada de luz.

“Se a zona fótica estiver se reduzindo em cerca de 50 m em grandes áreas do oceano, os animais que precisam de luz serão forçados a se aproximar da superfície, onde terão que competir por alimento e outros recursos. Isso pode provocar mudanças fundamentais em todo o ecossistema marinho”, alerta um dos autores do artigo, Tim Smyth, em comunicado à imprensa.

Por outro lado, os pesquisadores também perceberam um clareamento no oceano em cerca de 10% no mesmo período, que pode ter acontecido devido a mudanças nas comunidades de fitoplânctons e padrões de circulação oceânica.


Como o estudo foi feito

  • Os pesquisadores utilizaram dados do Ocean Colour Web da Nasa, um instrumento que mede a cor oceânica a partir de um satélite e divide o oceano através de imagens com pixels de 9 quilômetros.
  • Em seguida, eles aplicaram algoritmos para medir a luz na água e determinar a profundidade da zona fótica.
  • Também foram utilizados modelos que simulam irradiação solar e lunar para acompanhar mudanças nas condições de luz.

Os cientistas ainda não sabem ao certo quais são as causas para o escurecimento do oceano, mas algumas hipóteses indicam que ações humanas e mudanças climáticas estão entre os fatores centrais.

Imagem colorida de vários cepópodes - Metrópoles
O escurecimento dos oceanos pode impactar no comportamento alimentar de animais marinhos, como os cepópodes

Em regiões costeiras, acredita-se que o escurecimento está ligado ao escoamento agrícola, chuvas intensas e aumento no aporte de sedimentos, nutrientes e matéria orgânica, que acabam diminuindo a transparência da água. Já em mar aberto, a hipótese é que o aumento da temperatura da superfície e mudanças nas comunidades de plânctons alteraram a penetração da luz, favorecendo o escurecimento.

O problema chega a afetar até seres marinhos adaptados a ambientes com baixa luz, como no caso do copépode Calanus, típico do Oceano Atlântico. Durante as noites escuras, ele sobe a superfície guiado pela luz da Lua para comer fitoplânctons. Já em períodos mais claros, o animal migra para camadas mais profundas, evitando predadores. Mudanças na disponibilidade de luz podem desregular seu comportamento e afetar a cadeia alimentar marítima.

Os locais que mais apresentaram mudanças intensas na cor do mar foram o topo da Corrente do Golfo e o redor do Ártico e da Antártida.

“Nossos resultados fornecem evidências de que tais mudanças causam um escurecimento generalizado que reduz a quantidade de oceano disponível para os animais que dependem do Sol e da Lua para sua sobrevivência e reprodução. Também dependemos do oceano e de suas zonas fóticas para o ar que respiramos, os peixes que comemos, nossa capacidade de combater as mudanças climáticas e para a saúde e o bem-estar geral do planeta. Levando tudo isso em consideração, nossas descobertas representam um motivo genuíno de preocupação”, alerta o autor principal do estudo, Thomas Davies.

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