MP arquiva denúncia contra governador de SC por fala sobre cor da pele
O Ministério Público concluiu que não houve fala racista de Jorginho Mello (SC) em sua declaração em Pomerode (SC)
atualizado
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O Ministério Público Federal (MPF) arquivou a denúncia de uma suposta fala racista do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), A acusação havia sido feita pelo PT de Sapucaia do Sul (RS) depois de Jorginho dizer em Pomerode (SC) que a cidade se destacava pela “cor das pessoas”.
Na avaliação do MPF, a declaração não foi discriminatória e não houve a intenção de inferiozar grupos ou pessoas. A decisão é do vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand Filho.
“São palavras que, embora possam, se lidas de forma isolada, traduzir alguma dúvida quanto à intenção de quem as proferiu, retomam o seu mais claro sentido, quando confrontadas com o discurso de que foram extraídas. Delas não se colhe, em síntese, a ideia de hierarquizar grupos em detrimentos de outros, muito menos diminuí-los ou eliminá-los”, diz um trecho da decisão.
Relembre o contexto
- O governador Jorginho Mello esteve em Pomerode para participar da abertura da 40ª edição da Festa Pomerana, evento que celebra as tradições germânicas, e inaugurar a ampliação da Subestação de Pomerode.
- Durante o evento, Jorginho Mello disse: “Pomerode se destaca pela beleza turística que tem, pelas casas, pela cor da pele das pessoas, pela mistura, pelo que representa para todos nós”.
- O município é conhecido como a cidade mais alemã do Brasil: segundo dados do último Censo, de 2022, cerca de 80% da população é branca.
Nas redes sociais, o governador de Santa Catarina comemorou o resultado e disse que a resposta “veio rápida”.
“Me ofenderam, me chamaram de racista e insistem em falar mal do nosso Estado. É Inveja! Somos o Estado mais seguro, referência em todas as áreas”, disse Jorginho.