General Pazuello é transferido para a reserva remunerada do Exército
O general sofreu pressão para se aposentar depois de subir em um palanque durante ato político com Jair Bolsonaro
atualizado
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O ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello foi transferido para a reserva remunerada do Exército. O pedido havia sido feito em 21 de fevereiro ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (4/3).
A transferência para a reserva foi antecipada, uma vez que, pelas regras do Exército, o ex-ministro seria automaticamente aposentado no dia 31 de março.
O general sofreu pressão para se aposentar depois de subir em um palanque durante ato político com Bolsonaro no Rio de Janeiro, enquanto era alvo da I da Covid no Senado Federal e tinha sigilos quebrados pelos senadores.
Na ocasião, o Exército livrou o ex-ministro de punição e impôs sigilo de 100 anos ao processo disciplinar.
Gestão polêmica
Pazuello deixou o Ministério da Saúde em março, em meio a forte alta de casos de Covid e mortes pelo vírus. Além disso, o país patinava na criação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para o tratamento da doença.
Por falhas no enfrentamento da pandemia, o general tornou-se alvo de investigações do Ministério Público Federal (MPF), da Polícia Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU).
Ao deixar o ministério, Pazuello ainda assumiu dois cargos no Palácio do Planalto. De secretário de Estudos Estratégicos, da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, e depois de assessor especial, também no mesmo órgão.