Deputados aprovam convocação de Torres para esclarecer caso Genivaldo
Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados convocou ministro da Justiça e Segurança Pública a explicar conduta da PRF
atualizado
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A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (1º/6), a convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, para prestar esclarecimentos sobre a morte de Genivaldo de Jesus dos Santos, vítima de abordagem violenta de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Sergipe.
Os policiais transformaram a parte de trás de uma viatura em uma espécie de “câmara de gás”, e deixaram Genivaldo trancado por dois minutos após jogarem uma bomba de gás lacrimogêneo.
Na Câmara, Torres também prestará esclarecimentos sobre a operação policial na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, que resultou na morte de 25 pessoas.
Tentativa de obstrução
A convocação atende a três requerimentos de autoria dos deputados Alexandre Frota (PSDB-SP), Túlio Gadelha (Rede-PE), Talíria Petrone (PSol-RJ) e Vivi Reis (PSol-PA).
Houve tentativa da base aliada do governo de retirar de pauta os requerimentos de convocação. O pedido de adiamento foi rejeitado pelo colegiado por 10 votos a 2. Para o deputado federal Felipe Francischini (União-PR), não compete ao ministro prestar esclarecimentos sobre o caso.
“Todo mundo sabe que foi um fato muito triste, mas não compete ao ministro averiguar totalmente esse fatos. Temos um diretor e uma diretoria inteira dentro da Polícia Rodoviária Federal. Questão acaba diminuindo a função do ministério, mas entendo a importância desta comissão e toda a preocupação com este fato”, sustentou o paranaense.
Frota, que é autor de um dos requerimentos, rebateu o colega. “Acho que compete, sim, ao ministro esclarecer os fatos. Diante dos fatos ocorridos, acho que se faz necessária essa convocação”, enfatizou.
“Não devemos dar tempo para que eles se prepararem. Se prepararem para quê? Acho que o dia proposto pelo ministro está muito distante. Nós temos que aceitar, sim, sem ideologia, sem radicalismo. Acho que o ministro da Justiça tem que vir a esta comissão”, prosseguiu o deputado.
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