Pela 1ª vez, católicos desaprovam o governo Lula mais do que aprovam
Nesta rodada da pesquisa da Genial/Quaest, a desaprovação do governo Lula superou a aprovação entre os católicos: 53% a 49%.
atualizado
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A terceira rodada da pesquisa Genial/Quaest em 2025, divulgada nesta quarta-feira (4/6), aponta que pela primeira vez a desaprovação do governo Lula entre os católicos, de 53%, superou a aprovação, de 45%. Na pesquisa anterior, veiculada no último mês de março, havia um empate, em 49%.
Já em relação aos evangélicos, a desaprovação é de 66%, enquanto a aprovação fica em 30%.
Conforme o levantamento divulgado nesta quarta, os dados mostram que 57% desaprovam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto 40% aprovam — os piores resultados deste mandato.
A avaliação geral do governo mostra piora desde dezembro de 2024, chegando a maio negativa para 43%, regular para 28% e positiva para 26%. Para 61%, o Brasil está na direção errada, contra 56% em março e 50% em janeiro.
Farra do INSS
A pesquisa dedicou um bloco ao esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e verificou que 82% dos entrevistados tiveram conhecimento do escândalo, e apenas 18% não souberam.
Entre os que tiveram a informação, 31% consideram o governo Lula responsável pelo desvio do dinheiro descontado de aposentadorias e pensões.
O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.
As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU).
Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23 de abril e que culminou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
A pesquisa entrevistou mais de 2 mil pessoas, com margem de erro estimada em dois pontos percentuais. As entrevistas foram realizadas com brasileiros de 16 anos ou mais.