A hora e a vez dos governadores para conter a fúria bolsonarista
Se houver baderna no 7 de setembro, Bolsonaro jogará a culpa nas costas deles
atualizado
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Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, decretou feriado na segunda-feira, 6 de setembro. Quem não quiser participar da manifestação bolsonarista marcada para o dia seguinte desfrutará de um feriadão de quatro dias – boa ideia!
João Doria (PSDB), governador de São Paulo, negou à oposição a Bolsonaro qualquer espaço público para manifestações no dia 7 de setembro. Se concedesse e as manifestações a favor e contra o presidente resultassem em conflitos, a culpa seria sua.
Paulo Câmara (PSB), governador de Pernambuco, advertiu o comando da Polícia Militar para que não se repitam atos de violência como os que marcaram recentes manifestações no Recife. Não quer ver um só policial nas ruas travestido de manifestante.
Renan Calheiros Filho (MDB), governador de Alagoas, itiu que “há uma clara tentativa de insurgência” de policiais militares bolsonaristas, e que está tomando providências para que isso não ocorra no seu Estado no próximo dia 7.
O promotor de Justiça Militar Sebastião Brasilino de Freitas Filho, do Ceará, recomendou aos comandantes-gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros o uso da força se necessário para impedir atos no dia 7 de setembro promovidos por militares estaduais.
Bolsonaro tem na ponta da língua a desculpa que dará se a violência manchar de vermelho o 7 de setembro dos seus sonhos: a segurança das manifestações cabia aos governadores. Ele e seus devotos só queriam expressar livremente o que pensam.